TRANSPAL fala em equilíbrio econômico das empresas para manter a prestação do serviço

No dia 03 de fevereiro, a Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas apresentou ao Tribunal de Justiça de Alagoas os argumentos que mostram a necessidade de ajuste da tarifa dos ônibus de Maceió. De acordo com a TRANSPAL, o anseio é pelo “equilíbrio econômico/financeiro das empresas de ônibus”.
“Sabemos do clamor social, e que seria extremamente complicado para o usuário, assim como já o é atualmente. Mas não podemos deixar como está, pois as empresas já estão acumulando passivos, que em pouco vai gerar uma crise maior ainda do que a que já existe. Em todos os contratos mundo afora o que se procura é o equilíbrio econômico/financeiro. Qualquer prestador de serviço procura isso, e com as empresas de ônibus não poderia ser diferente”, explica o assessor especial da TRANSPAL, Alexandre Rangel.
Rangel afirma que o atual estágio é preocupante, e que as empresas correm o risco de fechar as portas em breve, antes mesmo da licitação do transporte público. “Comparando com o orçamento de uma casa, se o salário da família é de mil Reais e é gasto mais com as contas fixas, acaba-se deixando de pagar alguma coisa, que é negociada para que se pague depois ou de forma dividida. Estamos negociando o pagamento de impostos, mas pode-se chegar a um momento em que não vai ter espaço para mais negociações”, ressalta Rangel. Ele diz ainda que o governo, em todas as esferas, tem se esforçado para atingir o equilíbrio. “O pagamento das patologias ainda está em projeto, assim como a desonerações municipais e estaduais. Se os projetos fossem aprovados, poderíamos começar a pensar em outras formas de resolver os problemas das empresas e enveredar por outros caminhos que não o aumento da tarifa”, salienta.
A desoneração de impostos é considerado um primeiro e grande passo, segundo a TRANSPAL. O pagamento das patologias pelo município, o não repasse do Fundo de Transportes Urbanos, a isenção do ICMS sobre o diesel, isenção de IPVA dos veículos do sistema de transporte coletivo e quaisquer outros subsídios pelo Estado representam hoje algo em torno de 10% de desoneração. Para atingir o equilíbrio financeiro, a necessidade é de que se tenha mais que estes 10%, lembrando que hoje Maceió tem o pior IPK (índice de passageiros por quilômetro rodado) do Nordeste, sendo 1,64 passageiros a cada quilômetro rodado, enquanto outras capitais como Natal (1,90), Aracaju (1,99) e Fortaleza (2,06) têm mais passageiros que aqui, afirma Alexandre Rangel. “O Governo Federal já deu um bom passo com o isenção do PIS e do COFINS, e com a desoneração da folha de pagamento. Todo o setor torce pelo não aumento da tarifa, que não é interessante porque faz com o que o público procure outras alternativas de locomoção que não o ônibus.”, complementa.

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